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Trivial e Singular

Um blog simples e único sobre as trivialidades e singularidades da (minha) vida

Trivial e Singular

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Sete meses de vida

Sete meses, o meu baby já tem sete meses. Mais uma vez, o tempo tem voado. Viver com um filho e para um filho torna tudo muito mais absorvente. Os dias são compridos, mas não chegam para nada. O tempo parece fugir pelas mãos. Reconheço que ainda não me consegui organizar devidamente e por isso também tem sido tão difícil conciliar a maternidade com as outras áreas, o que por vezes é difícil e gera alguma culpa, mas que rapidamente é superada pelo sorriso do meu baby.

 

Quase por magia, logo após fazer seis meses o D. passou a ser capaz de se sentar e ficar sentado com um excelente equilíbrio, manipulando objetos e brinquedos com destreza ou simplesmente mantendo-se a olhar para os desenhos animados bem sentadinho no chão. De ficar sentado a ver o mundo de barriga para baixo foi um pulinho. Eu e o meu marido já há algum tempo que o colocávamos nesta posição, para o ajudar a perceber que havia outras perspetivas da realidade, mas, essencialmente, para o ajudar a ganhar mais força nos braços, que nos pareceu sempre estar em défice por comparação às pernas. Agora é ele que a qualquer momento vira o corpo e fica a olhar de um novo ângulo para o mundo. Agora mudar-lhe a fralda, vesti-lo ou dar-lhe as gotas já não é tão fácil como antes. Sempre que se apanha deitado de costas, roda e faz um sorriso malandro de “já consegui”, o mesmo acontece quando o colocamos na cama e não quer dormir (sempre) ou quando acorda. Está visto que se acabou o sossego (o que ainda restava). Acabou-se o ficar deitadinho no sofá a ver televisão. Agora o local mais seguro para ele estar é mesmo o chão. Neste momento está também a aprender a rastejar. Ainda lhe é um pouco difícil, até porque é pesado, mas já rasteja com alguma eficácia para trás (ao que o pai não acha muita piada).

 

Já não há dúvidas de que vai ser um bom garfo. Come o prato da sopa como se de leitão se tratasse, adora a fruta (apesar de no inicio ter estranhado) e a papa. Ao contrário do que eu temia não perdeu peso, pelo contrário, engordou quase um quilo num mês (onde é que isto vai parar?) – 9,400Kg e 71 cm. É sem dúvida adepto das novas iguarias que tem experimentado, mas nada supera a sua preferência pelo leitinho da mamã. Continua a mamar de manhã, à noite, a meio da tarde (quando está comigo) e claro, durante a noite, porque a este nível não há melhorias, o que nos está a deixar um pouco preocupados e bastante cansados. Neste momento, já não temos muita capacidade para durante a noite o fazer resistir a mamar e coloca-lo a dormir novamente sem esta ajuda, porque nós já só queremos voltar para a cama e dormir mais do que 5 ou 6 horas por noite. Não está fácil.

 

O D. continua um menino bem-disposto e animado. Já não sorri tanto porque passa o tempo a observar o que está em redor e faz uma cara de espanto a toda a hora. Está visto que as caras familiares já não são novidade e ele já sabe o que esperar. Agora, ir à varanda, estar numa casa diferente, andar dentro do carro fora da cadeirinha,.. tudo isso provoca nele um sorriso de malandro e capta de imediato a sua atenção, de tal forma que não conseguimos afastá-lo deste mundo mágico. Descobriu também que tem orelhas e agora é vê-lo a explorar com as suas mãozinhas gordinhas este apêndice do corpo. Também percebeu que a boca, para além de ser o local preferencial para explorar objetos, pode ser em si fonte de diversão. De vez em quando chega a casa com um novo som e brincadeira com a boca, que o deixa superdivertido e entusiasmado. E nós, como pais babados que somos, lá estamos prontos a dizer “estás a ver? Ele já faz isto!! Uau! Como é que ele aprendeu?” ou a frase mais comum do pai “és o máximo filho!” – adoro. Adoro ver os meus homens juntos e felizes. 

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