Para quem são os brinquedos?
Até ao nascimento do meu filho só lhe tinha comprado um peluche muito fofo que queria que o acompanhasse ao longo do seu crescimento (ao qual não liga nada). Depois de ele nascer, foi recebendo alguns brinquedos e confesso que até ao momento (15 meses) eu e o pai nunca lhe compramos sequer meia dúzia de brinquedos. Praticamente tudo o que tem foi oferecido. A dada altura pensei que não teria muitos brinquedos e que iria ser prejudicado por fazer anos no mês do Natal. Porém, os brinquedos lá foram surgindo e em Dezembro houve uma explosão tal, que a maioria dos brinquedos ficaram guardados (para lhe serem entregues durante o ano) e ainda foi possível distribuir brinquedos pela casa dos avós maternos e paternos. Quando tenho de escolher algum brinquedo para o meu filho analiso bem, penso na utilidade, comparo os da mesma gama e quero sempre dar-lhe o melhor, o mais estimulante e mais interessante. Mas para quem? Tenho concluido que é mais para nós, pais, do que para eles, bebés. Tenho observado que o meu filho pouco liga a brinquedos, que quando tem algum predileto brinca com ele muito tempo e na realidade pouca atenção dá aos brinquedos mais complexos. Também tenho verificado que nos primeiros meses de vida os brinquedos são pouco relevantes e agora com mais de um ano, as roupas e objetos das gavetas, as vassouras e apanhadores, os comandos, os pratos,.. tudo é mais interessante que os brinquedos. Percebi também que o uso que os bebés dão aos brinquedos não são necessariamente o fim para o qual o brinquedo foi concebido. Os miudos são muito criativos e na primeira fase das suas vidas a simples manipulação do brinquedo é em si uma atividade interessante. Acredito claramente que numa próxima gravidez nem irei pensar nesta questão e que terei outra relação com os brinquedos, que ainda assim tm sido muito saudável até ao momento. De qualquer modo há brinquedos que o acompanharam e que fizeram sentido em algum momento.
Nos primeiros meses de vida, aí a partir do terceiro mês, o D passou a dar atenção ao mobile que tinha no berço. Pelas luzes, movimento e som. Quando começou a ter equilibrio, o seu desafio era tentar chegar aos ursinhos que giravam no mobile. Mais tarde passou a gostar de ficar no parque de atividades, deitadinho de barriga para cima a mexer nos brinquedos pendurados ou simplesmente a tentar agarrá-los à medida que se desviavam quendo ele os tocava.
Mobile Fisher Price Parque de Atividades
De seguida engraçou com um peluche da Chicco que tinha argolas em borracha, uma espécie de um espelho e sons. Penso que foi o brinquedo que mais tempo o acompanhou até ao momento. Posteriormente, voltou-se para os sons e passava o tempo a agitar a viola que tocava e que tinha bolinhas lá dentro que faziam barulho ao movimento.
Peluche Chicco Viola Chicco
Atualmente o meu baby está a gostar de fazer encaixes e entretém-se com brinquedos muito básicos e baratos, mas que se revelam fantásticos e um desafio. Uma caixa com peças de encaixe no formato de figuras geométricas e um conjunto de peças que se sobrepõem (de apenas 2€, do Ikea).
Caixa de Blocos Fisher Price Mula do Ikea
Com tudo isto conclui-o que as crianças (pelo menos as mais novas) não precisam de muitos brinquedos, nem de brinquedos caros ou complicados. A simples existência do objeto é em si um brinquedo e é por si desafiador. Provavelmente, esta é uma aprendizagem que nós adultos também deviamos fazer, não apenas em relação aos brinquedos mas a tudo.